sábado, 18 de julho de 2015

::Ponto Final!!!::



O ponto final foi posto. A desconfiança apareceu. A decisão bateu a porta. O mar virou sertão. A teoria de que “felicidade é só questão de ser” tem seus dias falhos. Esses dias são (in)felizmente os mais produtivos. Não pro atleta, mas pro poeta, com certeza é uma fonte de inspiração. Quando nada parece fazer sentido, a gente tenta achar solução pra seguir. Afinal, não há o que se arrumar em uma casa em ordem. Não quero aqui me fazer de vítima, mas é que quando a nossa dor lateja o peito, ela parece ser a maior do mundo.
Sempre fui de sentir demais, querer demais e me jogar por inteira - mesmo quando não tenho certeza do que (amor)tecerá a queda. Queda hoje foi a seco. Não tinha água, nem corda segurando. Foi assim, repentina. To aqui no poço, avistando o fundo e a luz da saída. Sei que não cheguei no fundo, mas só de estar aqui dentro, a sensação já é suficientemente sufocante.
Enquanto escrevo penso no quão seria mais fácil se você não tivesse sido o meu empurrão aqui pra dentro. Se o calor das nossas mãos estivesse explodindo. Talvez não era pra eu pegar fogo ainda, não com você. Difícil é dizer ao coração teimoso que fogo demais, queima, a alma.
Sem você, penso em mim. Quem sou agora que o depois de nós chegou? Não restou muita coisa. O riso fácil e a leveza, se perderam. Aqui dentro tá uma bagunça. Veio como feito onda forte depois de um dia de mar calmo. Assustou. A corda bamba nunca foi segura, mas quando ela rompe, não tem como se manter em pé.
Hoje quando olhei pro céu, me senti impotente. O querer não é suficiente. Quis alcançar as galáxias, mas meus braços não conseguem nem abraçar o mundo. Quem dera chegar ao sol. Nesse impasse do desejo e do ter, olhei pro redor – to no caos. Tudo fora do lugar e eu sei que isso não é ruim, é nessas horas que a mente abre pra conhecer a alma. Por isso, mesmo sentindo falta de ar, sei que consigo chegar ao chão de novo e sair desse buraco. A cratera do peito talvez demore mais pra se fechar. Doa, arda. Talvez nunca feche por completa. Mas uma hora, a gente acostuma com a dor e ela deixa de ser fardo. E aí, já vou ter me ajeitado. E como tento ainda crer no “nada é por acaso”, já vou ter entendido o porque não deu. Enquanto isso, vou aproveitar pra rever cada pedaço meu que estraçalhou e inundar meu poço de paixão, pela vida.
(Vida)

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Muito obrigado pela visita,foi um prazer imenso recebê-lo(a) no meu cantinho, volte sempre.
Você é uma pessoa muito especial.
Beijos Tânia Ailene